(Autoria: Fernanda)
Imagem: net
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Olá Senhor!
Enquanto olho o dia belo com o sol despontando bem no meio da minha janela, e não é desperdício de brilho porque há flores na varanda.
Olho para o céu, as nuvens claras e partilháveis, e eu murchinha sentindo um entalo, uma vontade de te ver e te abraçar. E nesse enlaçar de braços, mandar sumir toda essa aflição que enfrento às vezes nos dias.
Não quero partilhar minhas lacunas contigo, quero partilhar o que nos une desde o princípio, e é por isso que me tornei o que sou.
Vezenquando e entre um abalo e um sorriso vou caminhando na direção certa, ou sei lá, mas vou...
E que esse amor com cara de vastidão possa me acompanhar e respingar no outro essa amplitude, que por hora só consigo deixar aqui dentro para o momento em que eu na verdade possa extravasar. E toda a tormenta seja extirpada de mim como água suja que sai do corpo. Porque meu amor tem uma face, e esta face é plenitude e doação.
Ainda estou aqui no meio do deserto gritando à toa, mas é bem provável que uma hora dessas seja ouvida.